

Ontem, dia 24, foi o 99° aniversário da “Grande Deportação”, o hipócrita nome dado ao genocídio de 1,5 milhões de armênios da Turquia. 75% dos armênios. Três quartos de um povo assassinados, em um só processo.
O ocidente, incluindo os Estados Unidos, negam o uso do termo “genocídio” para o assassinato de 3/4 dos armênios, por motivos diplomáticos (iria implicar em pagamento de reparação pecuniária pela Turquia às famílias das vítimas, dada a imprescritibilidade dos crimes contra a humanidade).
Barack Obama, muçulmano infiltrado na Casa Branca, que na campanha prometeu reconhecer o genocídio, voltou atrás depois de eleito e não toca no assunto, por questões diplomáticas (todos sabem a importância do apoio da Turquia na política americana para o Oriente Médio – Leste Europeu).
A diplomacia brasileira também não reconhece o genocídio, embora alguns estados que receberam a imigração armênia, como São Paulo, o façam.
O motivo do extermínio armênio foi, o que não é surpresa, perseguição religiosa. Os armênios eram um grupo majoritariamente cristão em um país islâmico.
Na primeira foto, 16 meninas crucificadas depois de provavelmente estupradas.
A testemunha ocular da crucificação, Aurora Mardiganian, foi ela mesma estuprada e mantida em um harém, o que não ia contra as regras relativas a prisioneiros de guerra do Islã.
O tratamento das mulheres armênias era especialmente bárbaro, envolvendo repetição de tortura e estupro que frequentemente levava as vítimas ao suicídio. O final dessa via crucis era uma zombaria com a própria religião das vítimas.
Na segunda foto, os prisioneiros embarcados para a execução em trens, o que seria repetido pelos nazistas duas décadas depois. Como no holocausto, as vítimas eram forçadas a pagar o tíquete para o próprio extermínio.
Crianças e idosos não eram poupados, forçados a marchar em círculos, ao redor de montes, sem descanso ou comida, até a morte.
Em 1919 Hollywood produziu o documentário mudo “Leilão das Almas”, sobre o genocídio armênio, buscando sensibilizar a América sobre o ocorrido.
A sobrevivente Aurora Mardiganian foi uma das participantes do filme.
https://www.youtube.com/watch?v=uTnCaW-Uo_s&feature=youtu.be
Um dos mais cruéis genocídios da história da humanidade completará 100 anos sem jamais ter sido sequer reconhecido como genocídio?